Quando o Banco de Portugal fazia muita Nota e Moeda

Quando a moeda era nossa
O velho escudo
Aquilo lá no Banco de Portugal
Era fazer dinheiro todo o dia
Era chegar o chefe à Tipografia do Estado
E vamos embora fazer dinheiro:
- Botai primor nas notas!
Porque o Estado está a ficat teso
A Casa da Moeda era a mesma merda
Sempre a cunhar moeda
Porque grão a grão
Enche a galinha o papo
E o povo feito morcão
A ter que trabalhar o dia inteiro
Para vir com a miséria
Que está acostumado a vir
Aqueles cabrões do Estado
A ganhar dinheiro
Sem terem que se matarem muito
E o preto, suor todo o dia
Era o tempo do paraíso financeiro para o Estado
Não para o país
Porque nós pagamos ainda por cima
Os impostos e demais contribuições
Para alimentar esta mama toda
Sempre foi assim
Rei não trabalha
Rei governa
O dinheiro dos outros
Fazendo depois passar por ser dele
Maravilha!
Foram tempos espectaculares
Mas depois da vinda da CEE
Acabou o mamatório
O dinheiro agora vinha da Comunidade
Por isso é que o Governo de Portugal
Tem as merdas, o Património que tem
Ora vejam só a ladroagem que isto foi
E ainda é de certa maneira
À custa dos apoios da CEE
Para os interesses de alguns
Daqui da Portugália
Vindo de quem devia de dar o exemplo
E ainda chamamos de ladrões
Aqueles gajos que assaltam bancos!

Escrito pelo Português em pessoa