sábado, 26 de novembro de 2011

Santa Estupidez à Hora de Ponta

É sair à rua
E assistir
À palhaçada do costume
Tolos e tolitos
Todos em demanda
Qual deles
O mais tolo
Parece que foi decretado
Andar muito rápido
Para escapar
À velocidade do som
Deve ser mais uma técnica avançada
De condução automobilística
Ou a motorizada a duas rodas
Parece haver uma competição
A ver quem anda mais depressa
Faz crescer os cabelos no peito
E as consequências na cabeça
É andarem todos tolos
Todos os dias
Como as Terras do Além
São habitadas
Por estes seres
Não há mesmo nada a fazer
Já nasceram assim
Portanto fica tudo na mesma
Tolos e mais tolos
De um lado para o outro
Nas terreolas do desasossego
Na rua confusão
Em casa confusão
No trabalho mais confusão
Os que coçam os tomates
Também fazem confusão
Enfim
Confusão do caralho
Aqui nas Terreolas do Além

Comissão dos Amigos da Estrada

terça-feira, 22 de novembro de 2011

A Virgem da Redtrotinetemóbile de Milheirós de Poiares

Ora vem para cima
Ora vem para baixo
Aí vem ela
Com o seu Redmóbile
A azia
Ela traz consigo
Todos os dias
Sempre que passa
Por nós
É um cheiro ao suor
Das actividades de patrulha
Efectuadas por ela
Vai todos os dias à missa
Rezar pelo seu patrono
Para lhe dar sorte
Nas lides da estrada
Como também pertence
À lide
Vamos mandar foder
Aí vem ela toda tola
Como todos os tolos da terra
Como nenhum deles
Bate bem da bola
Estão bem uns para os outros
Como o trabalho
Não surte qualquer efeito
Nestas entidades
Uma vez que só fazem merda
Só mesmo o copo de vinho
Os pode salvar
A virgem é mais uma
Da Terra do Além
Que com a sua trotinete
Faz maravilhas na estrada
Desde incomodar
Tudo e todos
Sem falar
Nas suas míticas patrulhas
A ver se está tudo no sítio
Como não tem mais nada que fazer
Nada melhor do que dar que fazer
Aos outros
Andando eles todos
Uns atrás dos outros a foderem-se
Como isto é terra de tolos
E não há nenhum certo
Nada como mandar foder
Para melhorar o dia
A virgem do Redtrotinetemóbile
Anda sempre molhada
No banco
Porque tudo lhe dá tesão
Há quem diga
Que anda à caça de Pau
Mais uma personagem
Da Terra do Além
Milheirós de Poiares

Comissão de Antropologia Aplicada Portuguesa

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Rest

I will smoke my last cigar
seating here with my loneliness
to finish what I’m thinking
and forget what they are
those persons that I am
in time, in my way
only an accident
me in this way

I just could die now
cause I kissed her face once
I just could say goodbye now
cause I brought music to this dance

You could now rest your soul
stop running against time
to try courage than hiding
from yourself
to feel the seasons in your heart
cause change it’s so close
beneath from one step of you
from the eyes of those

Put aside of you yourself
bring some light to the dark
refuse your last cigar
forget what they are
those persons that I am
in time, in my way
only an accident
me in this way

I just could lie now
cause I kissed her face once
I just could say why now
cause I brought music to this dance

You could now rest your soul
in a beautiful grave
ashes to ashes...
buried only in your head
You could now rest your soul
so close...
beneath from one step of you
from the eyes of those.

Urban Poetry Words

Seven lives from an Indian man

The coffee is boiling in my hands
against the cold of the out side
so cool this feeling
the sounds of the music around
around, the ground beneath
be alive in this small town
stopped in time waiting for
I remember about those
seven lives from an Indian man

About what the Indian man said to me
- Son bring peace than war
inside you about everyone
play how much you can
till you reach your heaven
inside you about everyone
then you walk alone with everyone aside
with everything inside
feet over feet
till you count your steps
feet over feet again
behind those dark shadows
of this big trees
then you see the Indian man
right beside you, with you
beneath the ashes of time
that you kept in your closet
for a long, long time

I saw him again
the Indian man with a few more years
in his words... Human thoughts
on his own advice that he kept for me
myself now, I try hardly to be
be old in this mind, in this young life
myself, another one, I try to be too

I remember about those
seven lives from an Indian man
About what the Indian man said to me
- Walk aside of the chair where you are living
where the eyes can’t see the images in the background
walk aside directly to your big closed door
facing what you are looking for
cause when we have anything
something is everything
so wait for your time
when someone would be there
as everything and not as something

And I remember about those
seven lives from an Indian man
but who should I believe?
friends, an old man, the Indian man
he that kept inside my grief
from this twisted mind
since those seven years
how should I believe?
friends, an old man...

Urban Poetry Words

Live and let live

The world is lost
The feelings don ´t worth
People are nothing
Everything change from bad to worse
Improvement is a illusion
Illusions mean reality
Live and let live !
Live and let live !

Promises that we hear
Everyday, unrealisable for sure !
Glittering as they should be
To blind us from the real truth
A future punishment
Of this egoistic world
So, live and let live !
Live and let live !

Urban Poetry Words

Macabre Fun

There are some people who like to prejudice
Doing frightful things
Outraging against human life
Results are guiltless victims
Without any justification.

We should apply a punishment
To not drop in obliteration
This macabre fun of them.

Macabre fun
Macabre fun

Make that this poor souls are revenged
As we will sentence, condemning them
With the same severity, equal which they applied.

Macabre fun
Macabre fun

Urban Poetry Words

Human Race end...

The reality it’s changing and we don’t know what to do
Are we strong enough to believe in salvation?
No!!! Our race is condemned to the end!
Destructible us we are it will means mutilation…
Mutilation of the human fucking race!!…

Destruction is a obvious way and we will follow her
Until the end
There will not be any possible salvation to our race
Banishment a reality.

War!… a way of surviving
Destruction a consequence of war
That makes the enjoyable death
kill even more!…

Feeling death…
Being death…
Us we shall be remain !!!…

Urban Poetry Words

Dúvidas do para além da Morte

Nascemos com uma vida
Vivemos com destino a uma morte
Morrer de facto, não sabemos
Parece ninguém saber

O fim de uma vida física
O corpo resta, sepultado apenas

Do espirito, da alma humana
Se morre de facto, também não sabemos
Parece ninguém saber

Vida para além da morte física
Uma questão antiga,
Uma dúvida primordial
Será possível ?
E se for de facto ?
Como será ?
Não sabemos
Parece ninguém saber

Todavia esta conclusão finita
De que a vida termina em morte
Não parece satisfatória
Não parece ter sentido
Uma vida inteira só com este fado

Terá que existir uma continuação !
Talvez este espaço físico anterior
Seja um processo de preparação
Ou um processo de avaliação
Para uma outra vida vindoura
De carácter espiritual
Ou como encarnação

Mas viver como, não sabemos
Parece ninguém saber
Restando-nos esperar apenas
Para esclarecer
As dúvidas do para além da Morte !

Poesia Urbana

Harmonia Após Vida

Dias que passam alimentando cada vez mais o ódio
Ódio macabramente suportado
De não poder possuir-te, de seres…
Eternamente minha
A realidade marca o destino incontestado
Contrariedade da minha vontade
Abruptamente delineado por uma força divina

Penoso é o caminho do penitente
Dias a fim de colossais sofrimentos
Em que perpetuam esperanças nos pensamentos
Esperanças de um amor possivelmente concretizável
Do qual da vida lhe daria prazer de vida resplandecente

Mas tal força, impostamente, o sentenciou
Com marca de impossível absolvência
Pecado mortal como pena da resplandecência
Apoteosamente como delito punível
Pondo término o seu caminho existencial…

Caminho esse cegamente seguido
Caminho puritano sem espaço lacunal.

Inconformado de seu fim malogrado
Perfaz vingança de tão injusta decisão
Executando por mãos próprias a cruel sacrificação
Do seu amor acto incompreensível,
Suicídio seguidamente congratulado!!!…

Poesia Urbana

A Vontade de Trabalhar aqui nas Terreolas

De manhã acorda-se sempre com vontade
Não da vontade de trabalhar
Mas da vontade da vontade
De fazer mais merda
Merda está definida nos dicionários
Como qualquer actividade
Que resulta sempre em merda
Já para não falar da azia
De que é trabalhar
Aqui nas Terreolas do Além
Já não há vontade
A vontade de trabalhar
Foi declarada morta
Está lá registada
No Registo Civil
Andar na vida
Sempre a ajustar contas
Não fosse isto Portugal
Terra de atrasados mentais
Parece que têm sempre algo a dizer
Nem que seja merda
Nas palavras
Nos comportamentos
Com as coisas
Com tudo em que ponham mãos
Essa vontade é resultado
Do mandar foder
Que é o trabalho
Aqui nas Terreolas da Guerra
Um autêntico infantário
De bebés cheios de birras
Já para não falar
Dos chorões dos patrões
Que quando chega ao fim do mês
Então é que é ver birras
De caixão à cova
Porque trabalha-se
Logo recebe-se
Porque a vida
É difícil para todos
Para Patrões
Para empregados
Já para não abordar
A questão da chulagem
Que é os ordenados
Aqui nas Terras do Além
Do lindo Portugal
Talvez isto explique
A azia laboral no perímetro
A falta de vontade de trabalhar
Não admira haver tanta merda
Aqui na vida social
Das terrinhas de Portugal
A vontade que já foi...

Crónicas da Avozinha Gestrudes

A Legião dos Homens de Preto em Milheirós de Poiares

Como tudo acabou
Ainda por cima
Com a austeridade
Nada como andar
Vestido de preto
Desde as cuecas
Até ao par de meias
Calcinhas
Camisinha
E casaquinho
Fumar pirolitos de tabaco
Para cagar na cena
Beber até cair
Para esquecer
E sair fora porta
Pela noite adentro
Conversas para entreter
Os passarinhos da atmosfera
E olhar para o relógio
A ver se vai
Mais um copo de tintol
Ou a cerveja da velha guarda
Quando tudo está fodido
Aí é que o negro da roupa
Sobressai
Está tudo fodido
Nem o futebol
Da caixa mágica
Salva as hostes
É tempo de zarpar
Para outro poiso
Porque aqui
Parece que vai haver
Merda

Vida Social pela Coligação dos Amigos da Noite

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

A Voz da Traquinice

Quando ela aparece
Vem sorrateira
Consegue surpreender
Vem nos dizer
Coisas que já sabemos
Duma sabedoria
Que não interessa
São sobretudo
Sons irritantes
Que incomodam
Pelo facto de a conhecermos
Gostam de falar ao ouvido
Tipo conselhos
Dum moralista velho
Inquietado
Pela nossa presença
Inveja
Talvez
Ou pelo gosto da traquinice
O amor em perturbar
Porque andamos incomodados
Com a vida
Com as pessoas
E assim despejamos nos outros
As nossas inquietudes
As nossas frustrações
É aí que surge essa voz
A voz da traquinice
Em nós
Tornando este sistema de vida
Numa confusão social
Quando o indivíduo
Não vai bem
Reflecte-se na sociedade
Quando a sociedade vai pior
Repercute-se no indivíduo
É tipo um sistema vicioso
Que não tem fim
Sistema tipo bola de neve
Que cada vez mais
Vai ficando degradante
Tornando isto num mal
Nessa voz da traquinice
Que só existe
Para de facto
Criar maldade

Pedagogia Social pelo Professor Fusível Social

A Investida dos Índios Phumpum

Assim decorre o dia
Sem que nada se passe
E que aconteça coisas
Uma calma perdida
Que quanto menos se espera
Lá acontece
Phumpum
Mais um aviso
Os índios acordaram
Já não há sôssego
Agora querem outra coisa
Que se for a ver
É sempre a mesma coisa
Arreliarem-se
Uns aos outros
As birras do costume
Ou porque não têm
Ou porque querem ter
Começa aqui o conflito
Qual deles o mais inteligente?
Que artimanhas se vão usar?
Para levar avante
Mais uma pequena vingança
Não dormem descansados
Pensam guerra
Todos os dias
Esta tribo que não vive
De tão mergulhados neste lamaçal
Que é viver
Em constante desatino
Uns com os outros
Passadices e mais passadices
A tribo Phumpum não se adapta
Caindo por terra frustrada
Partindo então para a guerra
Entre eles
E entre estranhos à sua tribo
Já neles há pouca união
Sendo uma tribo desintegrada
Destruturada
Sem organização social
Foi tudo para o ar
Já não existe nada
Ou seja
Esta tribo deixou de existir

Antropologia Contemporânea pelo Professor Fusível Social

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Maníacos ao Volante

Aí vai o maniento
Com tanta mania que até mete nojo
Sempre armado em esperto
A pensar que é mais inteligente
Que os outros
Assapa no pedal
Toma lá!
Ó paneleiro!
Chupa-me a pissa!
Toma lá esta também!
E assim continua o gajo
Com uma mania do caralho
Mais maníaco que os tolos
Do Júlio de Matos
Uma raça de gajos
Que habita agora em Portugal
Como compraram a estrada
À Junta Autónoma das Estradas
Ou seja ao Governo
Tentam fazer dela o que querem
Andando aí todos
A mandarem-se foder
Qual deles o mais maníaco
Para não ficar atrás
Toma lá! Chupa!
Chupa! Toma lá!
E esta merda nunca mais acaba
Não há maneira de internar
Estes gajos com parafusos desapertados
Nem o trabalho os salva
Nem as putas ajudam
Puta que pariu
Esta merda toda
Destes tolos do caralho
Maníacos

Psiquiatria Social pelo Ti Manel das Côves

Polícia Vai Abrir Casa de Putas

Em São joão da Madeira
Estão a ser feitas as operações
Para levar a cabo
A construção
De uma nova casa de putas
Porque mandar para o pito
É essencial ao nosso ofício
Vão ser feitos
Todos os esforços
Para que o antro de putas
Seja concluído
O mais rápido possível
Ao lado irá ser edificado
Também
Uma casa de paneleiros
Para quem gosta de apanhar no cú
Andar em cenas alternativas
Experimentar coisas esquisitas
Pelo que se observa
Os polícias têm suado muito
No seu trabalho diário
Desde fazer massa à enxada
Assentar tijolo
Fazer o reboco às paredes
E como ginástica
Fazer uns pisos
Sempre a abrir
Uma superbock a meio da tarde
Ou uma sagres
Para os gajos da velha guarda
Uma cigarrada
E continua a achapar massa
O suor é de facto muito
Têm-se trabalhado muito
A mesma rotina de todos os dias
A ver o que os outros andam a fazer
Existe a necessidade
De fazer então mais uma casa de putas
Para se efectivamente
Mandar para a cona
Fodas por Portugal
E para todos os paneleiros
Que andam de marcha atrás
Ou que andam enjoados de cona
O Governo irá financiar
O Templo das Putas
Uma vez que é uma medida
Para o bem da comunidade
Além disso também faz bem à saúde
Uma vez que faz crescer o pau
E aumentar a vontade
De ir mais vezes ao pito
A Polícia de São João da Madeira
Está a fazer todos os esforços
Para que a casa de putas
Seja concluída
Uma vez que a comunidade está ansiosa
De mandar também para a cona
O Bom trabalho dos Polícias

Magazine Express Alcovitice de São joão da Madeira

Novo Mundo

Tinha entrado num novo mundo agora
As personagens já não eram os mesmos
O bem e o mal tinham-se confundido
A aparência e o real misturaram-se
Tão bem, tão bem,
Exactamente como um sonho real

Era impossível acordar daquele universo
Da forma como se ponham as coisas
De uma ordem tão organizada
Mas ao mesmo tempo caótica

Tudo ruía para mim, à minha volta
Para quem eu lutava tudo era um benefício
Sozinho não tinha forças para tamanha energia
Uma forma de poder conjunta, social

No entanto lá andava eu sobrevivendo
Àquele jogo bem planeado
Tipo um fantoche na mão de alguns actores
Sem que da encenação soubesse

Ter-se-iam apercebido os espectadores
Os habituais consumidores
O público mais geral que rodeia
Daquela maquinação cénica
Simplesmente assim,
Sublimemente humana

Uma arte que não tem livro de orientação
Uma arte em que as coisas acontecem naturalmente
Ainda assim com a premeditação
Surgem sempre de forma original
Pensando nós que fora planeado
Dado à complexidade das situações

Mas somos nós…
Os seres humanos que habitam esta Terra!

Poesia Urbana

Confusão Social

Nas manhãs, nas tardes, nas noites
Às vezes, quando a estupidez acorda
Sai à rua e desenrola-se como o costume
Aquela confusão nas pessoas
Que não compreendem as outras
Não fazendo um esforço sequer
Para melhor compreender a vida
Mas é sempre assim que ficam
Ignorantes das vontades dos outros
Continuando comportamentos incorrectos
Faltando aquela justiça humana
Que qualquer pessoa saudável a tem
Caindo esta sociedade numa confusão
Culpa porque alguns a criam
Que podemos nós justos fazer?
Para que tal jamais não aconteça
Viver assim perde a graça
A sociedade torna-se mais animal
As atitudes irracionais surgem do nada
Pois nunca há justificações para a ilibar
Por vezes o caos já está tão desenvolvido
Que qualquer outra reacção
Só a vem melhor intensificar
Penso que às vezes seja uma força superior a nós
Algo no ambiente que nos influencia
Nas emoções, nos pensamentos, na parte física
As quais em conjunto turbilham a sociedade
Que poucos se apercebem
Resultando numa Confusão Social.

Poesia Urbana

Afectos Sexuais

As mais jovens fazendo o que as mais velhas fazem
Ou gostavam de fazer
Os rabinhos, as maminhas, as perninhas, o olhar à matadora
Que nelas entram em competição
Para consigo e para com entre elas
Na melhor aceitação possível
Dum prémio social sexual
É de afectos sexuais que a maioria vive
É algo que nos alimenta os dias
É uma necessidade tão natural
Às vezes imposta, sim senhor
Porque a sociedade assim o quer ditar
Mas temos que viver com isso
Fazendo nós as escolhas…

Ela olha para mim e o rosto dela fala-me algo
Diferente às vezes do que a boca me diz
O corpo dela às vezes diz-me coisas
Tão diferentes e contraditórias
Enganando aquele olhar não tão maduro
É uma das naturezas dela, dissimular
Ou porque não dominam a linguagem
Ou simplesmente porque estão confusas
Pensamento e corpo são duas artes
Difíceis de conjugar
De pô-las a trabalhar juntas…

A saia que vestem
As calças que vestem
O top que vestem
As calcinhas que vestem
Tudo adereços desse jogo sexual.
Mas uma questão me assola
Sexo com pensamento
Não é o sexo, animal
Irracional como dizem
Um impulso mais forte
Do que o controle da nossa mente

Aquele desejo que quando activado
Dispara em todas as direcções
Dai ser usado como arma
Pelos Afectos Sexuais:
Aquela doçura tão característica
Duma aproximação sexual…

Poesia Urbana

O Amor da Gaja Z

Lá andava ela pela vida de uma forma estranha
A saber se fazia as coisas como os outros
Ou se queria fazer as coisas como ela queria
No amor parecia ter-se esquecido de o sentir
Para com ela e com os outros
As situações que lhe surgiam
Eram tudo provas de inteligência
A ver quem era o melhor num desempenho
Quando ela ignorava que em termos de sentimentos
A unidade não era mensurável em quantidade
Mas sim na qualidade que cada um transpirava
Não se sentia o sal da vida naquela alma
Mas ela não era a única
Pois havia muitos irmãos que dela padeciam
Tornando com isso a vida de alguns um pouco esquisita

Não tiveram a sorte de aprender a viver por eles mesmos
Sem olhar a comparações alheias
Ver a vida com os nossos olhos é mais difícil
É não ter bengalas de qualquer tipo
A ajudar-nos em qualquer situação
É procuramos constantemente em nós próprios
Sobre o que é isto e com quem queremos a partilhar
Mas penso que a vida a irá fazer aprender
Como se aprende a viver
Sem usar os outros para ela pensar que está a crescer
Mas sim sentir honestamente bem lá no fundo
Aquela transformação orgânica
Que nos faz sentir que estamos a viver
Ora sozinhos ora irmãmente
Numa sociedade comunidade.

É este o amor da gaja Z
Aquele tipo de amor que se vê por aí
Que não sabem amar
Que não sabem o que é o Amor
De onde vem
Como aparece
Porquê que aparece
O que o faz aparecer
Como se o utiliza
Na vida com os outros…

Poesia Urbana

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Mandar Foder com o Trabalho em Milheirós de Poiares

Tirando a azia
Em que se acorda todos os dias
Nada como mandar foder
Pelo dia fora de trabalho
Dá para ouvir
Com o cagaçal que fazem
Que a vontade é muita
Ou seja
Já nasceram fartos de trabalho
Uma chatice trabalhar
Quem assiste às operações de trabalho
Dá logo para ver
A guerra que o trabalho é
Desde incomodar toda a gente
Aonde depois ninguém se entende
Até passarem mais tarde o dia
A mandarem-se foder
Uns aos outros
A doença é crónica
É um mal que já vem de nascença
Basta olhar para a cara deles
Para saber que trabalho já acabou
A actividade laboral aqui em Milheirós
São as operações que provocam a azia
Dum passado de desentendimentos
Em que ninguém se dá
E que usam o trabalho
Como remédio para a doença
O trabalho morreu de facto
Aqui em Milheirós de Poiares

Comissão dos Trabalhadores de Portugal

domingo, 6 de novembro de 2011

Formas de Vida

É curioso as formas de vida que se observam
O lado oculto dessas vidas
Como se processam no dia-a-dia
Uns que se escondem nos carros
Pelo que ostentam como valor
Pela arma que dele fazem
Uns que se escondem nas profissões
Pelo que representam como estatuto
Pela arma que dela fazem
Uns que se escondem nos outros
Pelo que convivem como vida
Pela arma que deles fazem
Formas de vida para combater algo
Não sei o quê, ainda…
É curioso as formas de vida que se observam
O porquê dessas razões tão fúteis
De andarem à volta não sei do quê
Para quê, e por quem
Glória, Honra, Prestigio social?
Conversas comunitárias sem conteúdo
Trânsito diário caótico
Relacionamentos doentios
Tudo um reflexo duma mentalidade deturpada
Que não quer ver outra coisa
Que não quer crescer
Filha duma monotonia viciante
Aqui, ali, acolá, lá longe
Não interessa, os mesmos serão de certeza
Fazendo crer que de lá são
Cuspindo na hospitalidade local
Não interessa, os mesmos serão de certeza
Nestas formas de vida que se observam!

Poesia Urbana

Sociedade Incompreensível

A sociedade mata-me dia após dia
Com a sua estupidez colectiva
Uma incompreensão pela diferença que existe
Mas nada posso fazer para mudar tanta cabeça
Talvez de uma outra forma mais inteligente
Poderei alterar o decurso desta situação
Estou farto de imposições culturais
Estou farto de autoritarismos mentais
A estúpida da incompreensão humana
Que não consegue enxergar um traço de luz
Nas suas mentes socialmente limitadas
Às vezes tento ouvir o vento
Que parece falar-nos aos ouvidos
Dizendo-nos coisas importantes sobre a vida
Que me fazem ver melhor as situações
Das conversas que tomam vários sentidos
Das músicas que significam várias coisas
Fazendo uma interpretação melhor do viver
Do que nos rodeia
Do que nos influencia
Do que nos põem à prova
Para ver se estamos prontos
Para esta sociedade incompreensível

Poesia Urbana

sábado, 5 de novembro de 2011

As Editoras em Portugal

Quando se escreve alguma coisa
E se quer publicar
Logo chegam os problemas
Na edição
Com as editoras
Escrever o que se quer
E não ser censurado
Não ser condicionado
Com determinado tipo de escrita
Tudo vai depender
Aonde se vai editar os escritos
As pessoas que estão
Por detrás da Editora
Os interesses a ter em conta
O agradar a quem
Qualquer escritor
Quer escrever o que quer
Sem objecções
Está-se a borrifar
Para o socialmente correcto
Porque há que inovar
Arrojar
Sair de um certo padrão
Institucionalizado
Para de facto vendermos a ideia
Porque é isso
Que as pessoas procuram
Novidade
E o escritor
E a obra
Não cair no esquecimento
Com o passar dos tempos
Uma situação que se assiste
A censura em Portugal
Era tempo de acabar
Com este tipo de situações
Para dar mais liberdade
Às pessoas
À cultura
E não reprimir esta forma de arte
Este tipo de trabalho

Texto escrito por Professor Fusível Social

O Desfuncionamento Social

A verdade é uma
...nada funciona neste sistema
Ou parece que funciona
E até pode enganar alguns
Mas na realidade
Nada funciona
Parece de facto funcionar
Que no futuro
Desaba até à morte
Desregulação social
As pessoas parece não funcionarem bem
Em comunidade
Em que a sociedade foge dos eixos
Despertando comportamentos pouco normais
Atitudes anormais
Caem-se em hipocrisias
Em falsidades
Fingimentos
O teatro no seu melhor
Teatro social
Anda tudo em disputa
Competição
Concorrências
Do mesmo lixo que se come
Todos os dias
De informação viciada
Ou duma novidade que já não é nova
Informação que chateia
Incómodos informativos
Sai-se à rua
E não há nada de novo
A mesma rotina
O marasmo social
A não ser as notícias
Da guerra civil social
Dos nossos dias modernos
Caminhamos para o adeus social
Pois nada tem funcionado
A não ser as coisas
Que convêm ao sistema
O sistema das coisas curriqueiras
O desfuncionamento social
Duma novidade que era preciso
Da inovação social
Estando tudo agora a morrer
Injectados com o lixo do passado

Sociologia Contemporânea pelo Professor Fusível Social

O Trabalho numa Editora Discográfica

Entra uma banda
Com o seu trabalho
Vem o editor
Vamos lá gravar!
Primeiro tenho que ouvir!
Põe-se a ouvir
Foda-se!
Isto é mesmo bom!
Pega nesse trabalho
Copia-o
E vende-o a outra banda
A banda grava
O editor recebe
A banda vem para a estrada
E põe-se a tocar
O que os outros
Já andam há muito a tocar
Outra situação
Entra uma banda
Com o seu trabalho
Vem o editor
Vamos lá gravar!
Primeiro tenho que ouvir!
Põe-se a ouvir
Foda-se!
Diz para ele
Grande merda!
Ó pá!
Não digam nada!
Esta banda não vale um caralho!
Bico calado!
Vamos lá embora gravar!
Esta merda
Que eu preciso
De ganhar dinheiro
A banda grava
O editor mete o dinheiro ao bolso
A banda vem para a estrada
E põe-se a fazer
Figura de urso

Realidades da vida de uma Editora Discográfica

Hipocrisia Social

Situação que se tem assistido diariamente
Não se fazer o que se sente
Mas dizer o que convém
Para que não haja confusão
A falsidade no real
Iludindo com boas intenções
Não saber com quem se está
Andar de pé atrás
À cautela
Desconfiar de tudo e todos
Porque é o que é esta sociedade
Na sua maioria
Actores sociais
Do Teatro da Decadência Social
Agora as pessoas
Não valem nada
Tusto
Já não se pode confiar em ninguém
Porque o conhecimento interpessoal
Provoca mazelas
Sofrimento
Está-se a partir para a solidão
Que é o remédio social
Para se poder viver em paz
Sem conflitos
Sem dar confiança a ninguém
Porque as pessoas trepam
Na nossa consideração
Abuso de Confiança
Começando a partir daqui
O Calvário das Relações Humanas
Tudo isto nos mostra
A Hipocrisia
A Hipocrisia Social desta sociedade
Um Mundo de Aparências
A falta de moral
De valores
Que também é explicado
Pela própria decadência social
Nisto de se ter tornado
Uma autêntica selva
Habitada por bichos sociais
Que fazem tudo
Para valer a sua razão
Apesar de às vezes estarem errados
O Erro Existêncial Social
E não parece haver alguém
Que os eduque
A ter um comportamento
Verdadeiramente Social

Sociologia Contemporânea pelo Professor Fusível Social

Os PromenadeViature Tribe

Sair de casa
Entrar na viatura
Porque estamos fartos
De estar em casa
Que é uma merda lá estar
Começar a palhaçada
Coçar os colhões
Ao volante duma viatura
Passear se faz favor
O dia inteiro
De preferência
Porque o gasóleo está barato
Visitar muita coisa
Ou chatear os cornos a todos
Mais uma tribo
Muito dada ao trabalho
Conhecida por padecer
Transtorno Ter Que Trabalhar
São filhos da actividade:
Cheirar o cú aos outros
Ver o que andam a fazer
Ou seja
Vestirem a farda
De polícias da guarda civil
E patrulharem a terreola
Tirar apontamentos
Ou passar multas
E comunicar aos nossos chefes
De volta à tribo
Fazer as danças da chuva
Com vinho branco
Ou cerveja
Ou a ver a futebolada
Ou à mesa numas cartadas
Depois de se estudar o território
Da terreola do além
Fazer marcações no mapa
Para não esquecer o estudo
Para no dia seguinte
Irmos coçar os colhões para a estrada
E dar continuidade ao estudo
Alcovitice Social Aplicada
Para depois nas nossas conversas
Termos assunto
Tirando a merda
Que se costuma dizer nos diálogos
Os PromenadeViature Tribe
São mais uma tribo urbana
Em ascenção
São aos molhos
São muitos
Têm muitos adeptos
Sinal de que em Portugal
Não se anda a trabalhar
Ou seja
Dedicam-se ao passeio
De viatura de quatro rodas
Faz parte das medidas de austeridade do Governo
Porque assim reduzem pessoal
Nas esquadras da polícia

Antropologia Social pelo Assistente do Professor Fusível Social

O Trabalhador das Terreolas

Começa o dia
Foda-se
Tenho que ir trabalhar
Mete-se no carro
Ou na motorizada
E puta que pariu
Vocês todos
Toma lá!
Chupa!
Toma lá mais!
Chupa lá esta!
Ou seja
Mandar foder
Tudo e todos
Sem saber quem é
Chega ao trabalho
Puta que pariu
Nunca mais acaba
Esta merda
Com sorte
Também manda foder
Os colegas de trabalho
E com mais sorte ainda
O patrão
Este manda-o o foder também
E continua o dia de trabalho
Por fim chega ao fim da jornada
E vamos embora para casa
Não esquecer passar no tasco
Beber umas loiras
E mandar umas boquitas
Pelo caminho
A mesma receita
Mandar foder tudo
E puta que pariu
Esta merda
Quando chegamos a casa
Vamos directamente à casa-de-banho
E cagamos para esta merda
Amanhã há mais
E continua a saga do trabalhador
Aqui nas terreolas

Congregação dos Trabalhadores Portugueses

A Ordem Social

Há que manter a ordem
A ordem deste sistema todo
Ou de pequenas partes do global
Que é a sociedade
Evitar as desordens
O que foge à normalidade
Porque não convém
Porque cria problemas
A ordem são todos os procedimentos
Sociais
Humanos
Que fazem as leis
Do viver em sociedade
As regras sociais
Sem elas
Isto seria o caos
Ninguém se entenderia
Uma situação
Que está a começar a acontecer
Nos dias de hoje
Surgem contra sistemas
Contra culturas
Diferentes modos de viver
Maneiras diferentes
De se ver a vida
Logo
Isto cria contratempos
Tornando a sociedade
Num autêntico reboliço
É certo que é utópico
Uma sociedade perfeita
Que agrade a todos
O consenso entre todos
Também não existe
Há sempre divergências
Ficando a ganhar
O que tiver a maioria
A seu favor
Excluindo automaticamente
Os que tiverem contra
São partidos que se tomam
Em prol de um objectivo
De vida em sociedade

Sociologia Contemporãnea pelo Professor Fusível Social

As Tascas de Portugal e a Carroça

Normalmente
Tirando alguns dias
Sem contar com os fim-de-semana
Que é quando se bebe mais
Os dias do costume
Depois de virem da rua
Entram pela tasca adentro
Um bocado com os azeites
A azia do costume
Do pai nosso dos nossos dias
Começam-se a mandar foder
Uns aos outros
E dá-se ínicio
Ao primeiro copo de vinho
Branco ou tinto
Tanto faz
Que venha cheio
A conversa continua ainda
Um bocada azeda
Zupa!
O segundo copo de vinho
A azia vai dissipando
Levando ainda algum tempo a sarar
Agora mais bitaites
Já não muitas bôcas
Catrapumba!
O terceiro copo de vinho
O paleio começa a compor-se
Alguns abraços
E nada de beijos
Pelo caminho
O quarto copo de vinho
Aqui já se tratam bem
Comprimentam-se mutuamente
E os abraços já não acabam
Quando acabam por ficar
Com uma valente carroça
Com uma bebedeira
De caixão à cova
Bem
Aqui é vê-los a rossarem-se
Uns aos outros
Carícias para aqui
Carícias para ali
Beijinhos para aqui
Beijinhos para ali
Puta que pariu
O que o vinho faz!...

Relatos da Nossa Terra Portugal

E.A.K. Syndrome: Explicação

Tendo sido efectuado
Altos estudos de Antropologia Espacial
Vimos agora definir
Este conceito moderno
Da civilização humana
E.A.K. significa
Extraterrestrial Aereal Knowledge
Ou seja
Conhecimento Extraterrestre
Via aérea
Pensamentos ou conhecimento
Captado no ar
Recebido pelo ambiente
Syndrome
O sindroma
O mal
A que estão sujeitos
Os indivíduos
É um tipo de conhecimento
De saber
Além seres humanos
Contacto directo com o espaço
Com seres superiores do universo
Conseguindo um conhecimento
Que ultrapassa as barreiras
Do que se consegue
Aqui na Terra
Ou podem ser Problemas de Retorno
Das ondas enviadas pelos satélites
Que estão lá em cima da Terra
No Espaço
Devem interferir
Com as Ondas Gama dos cérebros
Há quem o caracterize
Como uma doença
Mas as conclusões mostram
Que se trata apenas
De um conhecimento adquirido
Pelo trabalho intelectual
Ou seja
Muito suor
Desses indivíduos
Como foge da normalidade
Foi considerado sindrome
Porque simplesmente
Escapa do âmbito do normal
Do que deve ser
Um ser humano
Aqui neste planeta Terra
A Aceitação Social
Já muito foi discutido
E altos trabalhos foram feitos
Acerca do assunto
Concluíndo
São apenas seres humanos diferentes
Uma nova raça
A qual deve ser aceite
Respeitada
Por todos os outros
Chamando o Conceito Igualdade
Todos diferentes
Todos iguais

Antropologia Social pelo Professor Fusível Social

Ir às Putas em Portugal

Putas de estrada
Casa de Putas
Casa de Alterne
Bôites
Quando um gajo lá chega
O que encontra?
Tudo uma cambada de biscateiras
Vai para lá qualquer uma
Dar a cona e o cú e fazer broches
Tudo uma cambada de aldrabonas
Deviam sim de lá pôr
Verdadeiras Putas
Gajas que gostem
De levar mesmo na cona
E não esta merda
Que nós vemos
Fodas tipo novela das 9
Fodas para gajos casados
Em que a foda
É sempre a mesma merda
Há que inovar
Novas técnicas de ir ao pito
Levarem um gajo ao céu
Abrirmos os olhos
E estarmos no paraíso
Além disso
Só deviam de lá estar
Gajas mesmo boazonas
Com um valente par de mamas
Uma cona boa como o aço
Um rabo guloso
E uma boca
Que chupasse o pau como o aço
E não as rotas que lá aparecem
Que têm a cona mais larga
Que a velha Maria Alice
É tudo quanto um gajo podia pedir
Pela roubalheira que é
Ir foder às putas e pagar
Era tempo de isto acabar
E começar a aparecer
Verdadeiras Modernas casas de Putas
Assim não enganavam ninguém
E não esta merda
Que se assiste em Portugal

Comissão dos Pinoqueiros de Portugal

O Folclore Português e o Rachar de Lenha

Passe a música na rádio
Ou nos espectáculos a que se assiste
Estamo-nos a preparar
Para ouvir ou assistir
A mais uma actividade
De Rachar da Lenha
Dar porrada com música
Ou a nível instrumental
Ou no campo da lírica
Do que se diz por palavras
Vai chegar o tempo
Que no folclore
Vão começar a introduzir
Caralhadas e pancadaria à séria
Para resolver o problema
Que é o que se trata nesta música
Da Confusão Social
Típica do verdadeiro Português
Que por onde passe
Ou esteja
Tem de sempre haver merda
Não fosse isto
Um país de merda
Mãe da brutalidade
Agressividade
E descontentamento com a vida
Traduzindo
Mandar vir que fode
Com música e palavras
Ou seja
Fazer parte da Guerra Cívil Portuguesa
Da actualidade do agora Portugal
É um género de música
Que caracteriza sem dúvida
O ser Português
Descontente e pronto a fazer merda
Criando merda
E por sua vez
Aparecendo merda
Merda Social

Estudos Etnográficos pelo Gabinete de Etnografia de Portugal

Lançamento de Foguetes em Milheirós de Poiares

Estamos no tempo
Da Segunda Grande Guerra Mundial
Há que posicionar
O lançador de foguetes
Temos que calcular
As coordenadas
Conhecer o inimigo
Dar ínicio ao lançamento
De petardos para o ar
Abertura das Jornadas Bélicas
Bazucadas para toda a gente
Em Milheirós de Poiares
Tornar isto tudo uma merda
A nível sonoro
Um cagaçal do caralho
Assustar que fode as pombas
Pôr as galinhas a cacarejar mais
Cagar o terreno
Com a merda das canas
Ter cuidado para não arrebentar
As patas
Coincidir com o badalar do sino
Ficarmos dentro do Teatro Social
Ver quem atira mais longe
Os foguetes para o ar
Mandar para a atmosfera
Foguetes cada vez mais potentes
A ver se acertamos
Em algum avião que passe distraído
Mandando-o para o caralho
Um sinal de bravura
Da elite dos fogueteiros
Quando começar a haver merda
Manda-se como resposta
Uma rajada de petardos
Por aí fora
Assim vai mesmo tudo
para o caralho mais velho
Uma actividade recreativa
Muito em voga
Na terra de Milheirós de Poiares
Uma semelhança
Com o Batalhão de Artilharia
Do Exército Alemão
No tempo da Grande Guerra
Isto anda mesmo tudo fodido
É preciso ter cuidado!...

Comissão de Estudos Etnográficos de Portugal

Para que se Tiram Cursos agora em Portugal e demais

Com a crise aí à porta
Como é que estes gajos e gajas
Ainda pensam em tirar cursos
Com um país num estado caótico
A nível económico
A nível social
Com poucas expectativas de emprego
Mesmo para licenciados
Já não chega ter canudo
Isto tudo apenas nos mostra
A decadência que Portugal se tornou
A frustação de se viver neste país
A nível de falências
Também já chegaram às universidades
Ou seja
Também não têm dinheiro
Tirando algumas
Que ainda sobrevivem
Um futuro nada risonho
Para quem estuda
As condições que oferecem
Já não chegam
Para o que devia de ser
Além disso tiram-se cursos
E quando ingressam no mercado de trabalho
Rapidamente se arrependem
De o terem feito
Pode-se falar de qualquer tipo de formação
Qualquer tipo de curso que se tire
Isto está tudo fodido!
Como diz um bom português
Em todos os aspectos
Da vida social em Portugal
Pela europa também não está melhor
Tirando alguns países
Que ainda apresentam sinais de progresso
Mas a crise afecta toda a união europeia
Inclusivé outros continentes
Estados Unidos da América
Etc
Já houve quem disse
Que tirar cursos em Portugal
É perder tempo
Mais vale agarrar um emprego
Ou trabalho que ninguém quer
E ganhar assim ao menos dinheiro
É o mercado de agora
É a situação do país
E demais

Estudos de Mercado de Trabalho em Portugal

Por Que É Que São Todos Uns Filhos da Puta a Conduzir

Depois de se terem feitos
Estudos Aplicados Ontológicos
Chegou-se à seguinte conclusão
Tudo malta fixe
Que não fazem mal
A uma mosca
Atenciosos com toda a gente
E respeitadores
Quando entram nas viaturas
Cai tudo por terra
Viram logo
Filhos da puta
Crê-se que seja por causa
Dos Efeitos Sonoros do Motor
E Questões Acústicas do Ambiente
Começando logo de imediato
A guerra civil nas estradas
Pelas terreolas fora
Uma situação que já vem do passado
Dos nossos ancestrais
Estando na comunidade
Tudo um mar de rosas
Até conseguimos chamar àquilo vida
Quando se dirigiam para algum lado
A carro com rodas de pedra
Ou mais adiante na História
No tempo dos Cowboys
A cavalo ou carroça
Tudo se tornava num inferno
Começando num instante
As pistoladas do Faroeste
O problemas está nas viaturas
Não devem ter sido feitas
Para seres humanos
Pois quando o homem
Anda de viatura a quatro rodas
Ou cagadeira sonora a duas
Vira logo um bicho
Devem ser também por causa
De interferências no cérebro
Parecendo andar a matar
Tudo e todos
Era tempo de acabar
Com esta situação

Postado pela Comissão dos Amigos da Estrada

As Queimas das Fitas do Porto

Estando lá dentro do recinto
Passa um drogado
Passa um bêbado
Passa outro drogado
Passa outro bêbado
Passado mais um bocado
Passa mais outro drogado
Passa mais outro bêbado
Tudo uma desgraça
É tudo a beber e a fumar merdas
Para não poderem com a carroça
Lá nas queimas
Faz-se a introdução aos Shots
E o cair para o lado
Faz-se os agarrados à cerveja
Chivas de caixão à cova
Introdução ao vinho tinto
E a bobedeira descomunal
Depois mais tarde
Os meandros do cacete
Haxixe e suas consequências
Para os mais arrojados
Os amigos da coca
Snifando linhas de branca
E o limiar alterado da realidade
Para os mais pacíficos
Muita erva da boa
Andando estes caramelos
Toda a noite nas nuvens
Quando chega lá para a meia-noite
Assiste-se a mais um filme
O Retorno dos Zombies
Mais tarde
A nóia
As nóias
E seus efeitos
Aturarem-se uns aos outros
Sempre a comer nos ouvidos
Balbúrdia musical
Estando próximo
O momento de descolagem
Do Planeta Terra
Ou então
Uma visita
Ao acampamento do INEM
Para uma lavagem ao organismo
Ficando pronto
Como o aço
Preparado para mais uma aventura
No mundo dos copos
Ou no mundo da droga
A realidade das queimas do Porto
E ainda querem estes futuros doutores
Fazerem alguma coisa pelo país
Só mesmo visto...

Liga da Luta contra a Toxicodependência em Portugal