Tinha entrado num novo mundo agora
As personagens já não eram os mesmos
O bem e o mal tinham-se confundido
A aparência e o real misturaram-se
Tão bem, tão bem,
Exactamente como um sonho real
Era impossível acordar daquele universo
Da forma como se ponham as coisas
De uma ordem tão organizada
Mas ao mesmo tempo caótica
Tudo ruía para mim, à minha volta
Para quem eu lutava tudo era um benefício
Sozinho não tinha forças para tamanha energia
Uma forma de poder conjunta, social
No entanto lá andava eu sobrevivendo
Àquele jogo bem planeado
Tipo um fantoche na mão de alguns actores
Sem que da encenação soubesse
Ter-se-iam apercebido os espectadores
Os habituais consumidores
O público mais geral que rodeia
Daquela maquinação cénica
Simplesmente assim,
Sublimemente humana
Uma arte que não tem livro de orientação
Uma arte em que as coisas acontecem naturalmente
Ainda assim com a premeditação
Surgem sempre de forma original
Pensando nós que fora planeado
Dado à complexidade das situações
Mas somos nós…
Os seres humanos que habitam esta Terra!
Poesia Urbana
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