quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Afectos Sexuais

As mais jovens fazendo o que as mais velhas fazem
Ou gostavam de fazer
Os rabinhos, as maminhas, as perninhas, o olhar à matadora
Que nelas entram em competição
Para consigo e para com entre elas
Na melhor aceitação possível
Dum prémio social sexual
É de afectos sexuais que a maioria vive
É algo que nos alimenta os dias
É uma necessidade tão natural
Às vezes imposta, sim senhor
Porque a sociedade assim o quer ditar
Mas temos que viver com isso
Fazendo nós as escolhas…

Ela olha para mim e o rosto dela fala-me algo
Diferente às vezes do que a boca me diz
O corpo dela às vezes diz-me coisas
Tão diferentes e contraditórias
Enganando aquele olhar não tão maduro
É uma das naturezas dela, dissimular
Ou porque não dominam a linguagem
Ou simplesmente porque estão confusas
Pensamento e corpo são duas artes
Difíceis de conjugar
De pô-las a trabalhar juntas…

A saia que vestem
As calças que vestem
O top que vestem
As calcinhas que vestem
Tudo adereços desse jogo sexual.
Mas uma questão me assola
Sexo com pensamento
Não é o sexo, animal
Irracional como dizem
Um impulso mais forte
Do que o controle da nossa mente

Aquele desejo que quando activado
Dispara em todas as direcções
Dai ser usado como arma
Pelos Afectos Sexuais:
Aquela doçura tão característica
Duma aproximação sexual…

Poesia Urbana

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