quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O Amor da Gaja Z

Lá andava ela pela vida de uma forma estranha
A saber se fazia as coisas como os outros
Ou se queria fazer as coisas como ela queria
No amor parecia ter-se esquecido de o sentir
Para com ela e com os outros
As situações que lhe surgiam
Eram tudo provas de inteligência
A ver quem era o melhor num desempenho
Quando ela ignorava que em termos de sentimentos
A unidade não era mensurável em quantidade
Mas sim na qualidade que cada um transpirava
Não se sentia o sal da vida naquela alma
Mas ela não era a única
Pois havia muitos irmãos que dela padeciam
Tornando com isso a vida de alguns um pouco esquisita

Não tiveram a sorte de aprender a viver por eles mesmos
Sem olhar a comparações alheias
Ver a vida com os nossos olhos é mais difícil
É não ter bengalas de qualquer tipo
A ajudar-nos em qualquer situação
É procuramos constantemente em nós próprios
Sobre o que é isto e com quem queremos a partilhar
Mas penso que a vida a irá fazer aprender
Como se aprende a viver
Sem usar os outros para ela pensar que está a crescer
Mas sim sentir honestamente bem lá no fundo
Aquela transformação orgânica
Que nos faz sentir que estamos a viver
Ora sozinhos ora irmãmente
Numa sociedade comunidade.

É este o amor da gaja Z
Aquele tipo de amor que se vê por aí
Que não sabem amar
Que não sabem o que é o Amor
De onde vem
Como aparece
Porquê que aparece
O que o faz aparecer
Como se o utiliza
Na vida com os outros…

Poesia Urbana

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